Um congresso que deu certo



Assembleia Geral Febtur – Debatendo ações e escolha do local do II Encontro em 2026


Por Gil Correia


Há eventos que acontecem e logo são esquecidos. Outros, porém, permanecem. Não só na memória de quem esteve presente, mas também nas páginas, nas imagens, nos vídeos, nas redes, nas conversas e, sobretudo, nos

corações. O II Congresso Brasileiro dos Jornalistas e Comunicadores de Turismo, realizado em Belém do Pará, entre os dias 10 e 15, foi desses. Um encontro que deu certo. E deu certo por muitos motivos.


Comecemos pela geografia. Belém, guardiã da Amazônia, com seu povo acolhedor e uma cultura pulsante, foi mais do que palco. Foi protagonista. Receber profissionais de diversos estados do Brasil e convidados internacionais do Uruguai, Portugal e Espanha não é tarefa simples. Mas Belém recebeu a todos com a elegância de quem sabe o valor que tem.


A FEBTUR Nacional e a FEBTUR Pará acertaram em cheio na curadoria da

programação, que foi plural, inquieta, necessária. Entre mesas-redondas,

palestras e rodas de conversa, os participantes mergulharam em temas urgentes, comunicação estratégica, turismo sustentável, clima, Amazônia, produção turística e o futuro do Pará num ano simbólico, com a COP 30 se

aproximando como marco histórico. O tema central do congresso foi preciso e provocador: "Sustentabilidade também se faz com informação", um chamado à responsabilidade comunicativa diante dos desafios ambientais e

sociais.




Experiências e vivências

Além do conteúdo teórico, o congresso se destacou pelas vivências e experiências práticas. Os participantes puderam percorrer roteiros

cuidadosamente planejados, com imersões em destinos turísticos emblemáticos da região amazônica, como Belém (continental e insular),

Augusto Corrêa, Bragança, Salinópolis, Combu e Mosqueiro. Foi uma oportunidade única de conhecer in loco iniciativas de turismo comunitário, projetos culturais, ações de valorização da gastronomia e das tradições

locais. Uma aula viva de como o turismo pode e deve caminhar junto com as comunidades, respeitando o bioma, a identidade e os saberes regionais.


Mais do que eventos paralelos, houve encontros profundos entre visões de mundo, entre experiências distintas, entre o que somos e o que ainda podemos ser como país que precisa compreender melhor seu potencial turístico, natural e comunicacional.


Mobilização e engajamento

O congresso também cumpriu um papel que vai além da troca técnica, ele mobilizou. O engajamento dos profissionais foi tamanho que, mesmo um mês após o encerramento, mais de 1.300 matérias produzidas ou em produção, publicadas ou ainda em fase de publicação, repercutindo o que foi vivido ali. O evento se tornou pauta viva, matéria em movimento, sinal claro de que algo muito maior foi plantado em solo amazônico.


Outro ponto alto foi a sólida rede de apoio e patrocínio que viabilizou e fortaleceu o congresso. A parceria entre a FEBTUR, o Ministério do Turismo, Sebrae Pará, Vale, Equatorial Energia e dezenas de parceiros

locais, como a Prefeitura de Belém, Prefeitura de Augusto Corrêa, Governo do Pará, Fecomércio/PA, Sudam, e empresas do setor como Carvalho Tur, Casa de Saulo, Henvil Transportes, Point do Açaí e o Belém Convention & Visitors Bureau, mostrou-se exitosa e vitoriosa. 


O saldo positivo não foi apenas logístico ou financeiro. Foi institucional, social e humano. A

confiança no projeto e no seu propósito foi recompensada com resultados concretos e duradouros. Em um tempo de urgências ambientais e desafios comunicacionais, o II

Congresso mostrou que é possível alinhar ética, turismo e jornalismo em torno de um bem maior: o desenvolvimento humano e sustentável. E mostrou, sobretudo, que quando há organização, espírito coletivo e

compromisso com o futuro, não há fronteiras que nos detenham.




Novos rumos e ações

Se o II Congresso foi grande, a promessa do que virá é ainda maior. Em 2026, o segundo encontro nacional, já em fase de preparação. Em 2027, o III Congresso Nacional. Mas se aprendemos algo em Belém, é que mais do que

planejar datas, precisamos manter o espírito aceso da colaboração, do engajamento, de construção conjunta.


O II Congresso foi, enfim, um farol aceso sobre o turismo brasileiro. E nós, jornalistas e comunicadores, saímos de lá não apenas com pautas, mas com propósito renovado de comunicar para transformar. E, por que não, fazer turismo como missão de pertencimento e amor ao que é nosso.


Missão cumprida. Que venham outras e novas missões. A FEBTUR está preparada.




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